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DEXAMETASONA e COVID-19



Nesta terça (16), um grupo de pesquisadores da Universidade Oxford, no Reino Unido, anunciou que, segundo um estudo realizado por eles, o corticoide dexametasona reduziu a mortalidade de pacientes de covid-19 em ventilação mecânica.

A notícia trouxe esperança, mas é preciso esclarecer desde cedo: automedicar-se é perigoso e, no caso da dexametasona e a Covid-19, o uso do remédio sem acompanhamento médico e sem necessidade ou indicação pode acabar fazendo o contrário do que se deseja: dificultar o combate do vírus pelo corpo. Também pode causar outros efeitos colaterais tais como: elevação da glicose do sangue (“diabetes”), elevação da pressão arterial, ganho de peso, edema ("inchaço") e, com uso prolongado, osteoporose e insuficiência adrenal. Não há qualquer indicação para uso preventivo da dexametasona em pessoas assintomáticas ou com quadros leves da Covid-19 , portanto, não deve ser usado em casos leves nem como prevenção.

A autoadministração deste medicamento, pode ser acompanhada de graves efeitos adversos e riscos a vida, particularmente em pacientes dos grupos de risco da Covid-19, como os indivíduos com Diabetes Mellitus, hipertensão arterial e doenças cardíacas.

O anúncio dos pesquisadores não coloca o remédio como uma cura para a covid-19, mas como um medicamento positivo para pacientes com indicação para utilizá-lo, dentro de tratamentos hospitalares para casos graves e moderados. Isso porque o medicamento não ataca diretamente o vírus, mas sim pode ajudar a controlar a forte reação inflamatória causada pela covid-19 em pacientes que estão em situação mais grave. A covid-19 já matou quase 450 mil pessoas no mundo inteiro, e não há tratamentos ou vacinas aprovadas contra ela.


Dra Tatiana Denck Gonçalves - endocrinologista - CRMSP 127.265

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