
Uma gama de fatores genéticos, fisiológicos, comportamentais e ambientais, que variam entre os indivíduos, contribui para o desenvolvimento da obesidade. Entretanto, existem associações robustas entre obesidade e uma série de transtornos mentais (p. ex., transtorno de compulsão alimentar, transtornos depressivo e bipolar e esquizofrenia).
O ato de comer, para grande parte dos obesos, é tido como tranquilizador, como uma forma de localizar a ansiedade e a angústia no corpo, sendo apresentadas também dificuldades de lidar com a frustração e com os limites. Em grande parte dos casos de obesidade, o descontrole emocional está associado.
A ansiedade é um dos traços mais comuns em pessoas obesas, sintoma que contribui para instalar ainda mais essa condição. Quanto mais o indivíduo busca gratificações imediatas com a comida, menos equilibrado ele se torna. Consequentemente, pior fica a qualidade da sua alimentação.
Estudos recentes evidenciam que a relação entre a obesidade e depressão parece ser bidirecional, ou seja, o sobrepeso e a obesidade podem aumentar a probabilidade de depressão, assim como as pessoas com sobrepeso terão maior propensão à depressão.
Há, no entanto, evidências que sugerem que pequenas mudanças de estilo de vida, como a prática de atividade física em qualquer intensidade, por ao menos uma hora por semana, pode reduzir consideravelmente o risco de desenvolvimento da depressão.
Perecebe-se então, que o indivíduo obeso merece uma abordagem multidisciplinar que inclui, também, o apoio psicoterápico.
Marque sua consulta para uma melhor avaliação médica.
Dra.Tatiana Denck Gonçalves
Endocrinologista
CRM 127.265

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