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Obesidade é fator de risco para complicações na COVID-19



Estudos sugerem uma ligação entre obesidade e doença mais grave de COVID-19 nas diferentes faixas etárias. A obesidade é um dos principais fatores de risco para brasileiros com menos de 60 anos infectadas com o novo coronavírus, apontam dados do Ministério da Saúde.

Recentemente, um estudo americano, que analisou pacientes com COVID-19 e menos de 60 anos  em Nova York, descobriu que aqueles que eram obesos tinham 2 vezes mais chances de serem hospitalizados do que os não-obesos e eram 1,8 vezes mais propensos a ficarem em UTI. O risco de complicações aumenta quanto maior for o IMC ( indíce de massa corporal ) do paciente.

Ainda não está claro por que a obesidade está ligada ás complicações pela COVID-19, mas as possibilidades são: obesidade é geralmente considerada fator de risco para infecção grave (virais ou bacterianas). Obesos apresentam aumento de inflamação no corpo resultando em respostas imunes ( de defesa ) ineficazes. Obesos também podem ter capacidade pulmonar reduzida e, portanto, maior risco de complicações pulmonares, principalmente para aqueles que são sedentários .

Entretanto, é importante ressaltar, que a grande maioria dos jovens com obesidade continuarão tendo uma evolução positiva se contraírem a COVID-19. Se um jovem tem uma chance de mortalidade de 0,1%, mesmo que a obesidade triplique o risco, ele irá para 0,3%. Ou seja, o objetivo não é criar pânico, mas apenas orientar que há formas de reduzir os riscos.

As pessoas que têm excesso de peso devem redobrar a atenção com o controle da alimentação e não devem parar os medicamentos que tratam a obesidade. Perdas de peso pequenas (de 5-15%) e exercício físico moderado já reduzem inflamação e poderiam  ajudar a reduzir os  riscos de complicações . O exercício físico, levando ou não ao emagrecimento, é muito importante por melhorar capacidade funcional respiratória e cardiovascular e reduzir também o perfil inflamatório do excesso de peso. A capacidade pulmonar é maior em quem pratica exercícios físicos tornando  o pulmão mais forte e resistente.


Dra Tatiana Denck Gonçalves - Endocrinologista | CRM SP 127.265 

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